Crianças são uma bênção de Deus. Todos já fomos ou somos crianças.
Mas, o problema é, devemos continuar como crianças ou temos que crescer?
Por isso quando mencionamos maturidade, logo pensamos em crescimento.
Crescer é algo normal para um ser vivo.
O crescimento físico, mental e emocional de um ser humano também podemos considerar características comuns e esperadas para todos.
Quando não ocorre esse crescimento em alguma das áreas mencionadas, logo identifica-se um problema, uma enfermidade que assola aquela pessoa que a impede de crescer normalmente como todas as demais.
O processo natural, ou seja, nascimento-criança-adolescente-jovem-adulto, transcorre naturalmente quando se tem boa saúde. Porém, essa boa saúde é consequência de uma vida regrada, de boa alimentação, bons costumes e sabedoria. Esse “pacote”, esse “kit vital”, produz uma vida saudável e naturalmente o crescimento, a maturidade. É também fácil identificar em que fase do processo natural uma pessoa se encontra. Se ela é criança terá características físicas, mentais e emocionais de criança, e assim também com as demais fases (adolescente, jovem e adulto). Quando não se passa de fase, algo muito grave está acontecendo e necessário é um acompanhamento mais próximo e até um tratamento mais individualizado. Ali existe uma enfermidade, uma doença que deve ser tratada de acordo com cada caso.
Mas, e do ponto de vista espiritual?
A Palavra de Deus nos afirma que devemos também crescer espiritualmente (2 Pedro 3:18). É importante que cresçamos.Aqui também dá-se a importância de uma vida regrada, agora sob o prisma espiritual (oração (1 Tess. 5:17), contato diário com a Palavra de Deus (2 Tim. 3: 16,17; Jer. 15:16), frequência regular em igreja local (Hebreus 10:25)…), uma boa alimentação espiritual (leitura, meditação e estudo da Palavra de Deus, atenção as mensagens de Deus comunicadas em pregações, estudos bíblicos, Ebd’s, (se possível, cursos teológicos), etc) e obediência a essa Palavra (sabedoria, aplicação à vida de tudo que aprende de e com Deus (exercícios) Tiago 1:22).
Da mesma forma, quando não há crescimento espiritual, algo muito grave está ocorrendo. Há ali uma enfermidade espiritual. Há ali uma debilidade espiritual que foi provocada pela ausência de uma vida regrada espiritualmente. O tratamento deve ser emergencial e realizado com amor e responsabilidade. Mas, como identificar um crente que tem muitos anos de vida cristã, porém não cresceu, não cresce, continua uma criança espiritual, um crente que sofre de enfermidades que impossibilitam seu crescimento? Há uma forma que aprendi. Há muitas semelhanças nas atitudes e postura de uma criança física, mental e emocional com uma criança espiritual.
Observe:
- Uma criança em geral fala muito e sobre o que não entende;
- Uma criança em geral é muito egoísta (tudo é “meu”, tudo é “eu”);
- Uma criança em geral brinca muito e muitas vezes em momentos inadequados;
- Uma criança em geral briga à toa e por coisas que não são importantes para os adultos;
- Uma criança em geral dorme muito e em qualquer lugar;
- Uma criança em geral gosta muito de doce, guloseimas (o doce em excesso engorda, mas engordar não é crescer.);
- Uma criança em geral é muito sentimental, passional (vive pelo que sente, é muito sensível, chora por qualquer coisa, faz birra, “fica de bico”);
- a criança em geral é muito melindrosa, se magoa muito fácil (“fica de mal”);
- Uma criança em geral é muito crédula (acredita em tudo e não questiona as coisas quando confia na pessoa);
- Uma criança em geral não gosta de ser disciplinada, corrigida e muito menos repreendida (não entende que fez algo errado);
- Uma criança em geral gosta muito de barulho, de “bagunça” (e geralmente em momentos impróprios);
- Uma criança em geral é fantasiosa (exagera as coisas, fantasia tudo);
- Uma criança em geral não tem equilíbrio (não tem firmeza, é inconstante);
- Uma criança em geral é fraca (não tem força, precisa sempre de ajuda);
- Uma criança em geral não entende coisas difíceis, complexas (ela ainda é criança…)
São apenas algumas semelhanças.
Mas, já nos auxiliam na identificação e no diagnóstico. Como elas podem crescer? O que fazer ? Ora, se submeter a vida regrada que já mencionei. Os adultos espirituais devem ajudá-los nisso. Servir a estas crianças o bom alimento, acompanhá-las e entender que são crianças e muitas com agravante, são crianças-doentes e devem ser tratadas como tal, somente assim crescerão de forma sadia.E como saber se iniciaram o processo de crescimento?
Veja, observe os sinais. Quais?
Veja, observe os sinais. Quais?
Menciono alguns:
- Amam a Deus e as pessoas indistintamente? (Principais mandamentos)
- Perdoam as pessoas por mais que as prejudiquem? (Sermão da Montanha)
- Renunciam seus interesses em prol do Reino de Deus? (Mat. 6:33)
- Buscam propagar e cultivar a paz entre as pessoas? (As Bem Aventuranças)
- Discernem as situações e pessoas espiritualmente?
- Pedem sabedoria a Deus em momentos difíceis da vida? (Tiago 1:5)
- Aplicam a mansidão no falar e agir? (Tiago 1:20)
- Se consideram felizes, mesmo com problemas? (Carta aos Filipenses)
- Tem paciência com as pessoas e consigo mesmo? (Fruto do Espírito)
- São equilibradas emocionalmente? (Gál. 5 – O Fruto do Espírito)
Se emitem esses sinais, ou a maioria desses, estão crescendo, rumando a maturidade desejada e esperada por Deus.
Louve a Deus por isso!
Por fim, observe, identifique a faixa-etária com a qual convive, congrega, lidera ou pastoreia. Não trate crianças como adultos e vice-versa. Entenda, discirna, abençoe. Cresçamos então, e ajudemos nossos irmãos a crescer, para a Glória de Deus.
Pr. Magdiel G Anselmo.
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