segunda-feira, 16 de abril de 2018

Os 10 Mandamentos do Bom Teólogo

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Todo bom teólogo seguirá e entenderá esses mandamentos à risca. .
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1. Não tente explicar o inexplicável (Há questões que são para somente crer, não para explicar.);
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2. Evite concentrar-se em especulações ou discussões em questões secundárias que não levam ninguém ao céu ou impedem de ir ao inferno (Isso é perda de tempo precioso que poderia estar sendo investido em outras questões edificantes para a Igreja, e mais, muitos por causa dessas discussões teológicas infindáveis perderam amigos e fizeram inimigos.);
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3. Aprenda a dizer: “Não Sei”. (Se você não sabe, não enrole.);
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4. Domine o vocabulário teológico, leia muitos livros teológicos, continue fazendo cursos, se aperfeiçoando, estude, estude, estude…;
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5. Não esqueça de seu momento com Deus, ore muito, leia muito a Bíblia;
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6. Duvide de suas dúvidas (seja um pesquisador constante, vá atrás, não se contente com as dúvidas);
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7. Lembre-se que os motivos que unem os crentes são maiores do que os que os afastam (Enfatize as harmonias, as semelhanças e não os conflitos. Com exceção da apologética cristã que é útil e bíblica e milita contra heresias e seitas pseudo cristãs, não fique a criticar essa ou aquela denominação cristã por que seguem uma linha teológica diferente da sua. Seja sábio, teologia não é pra isso.);
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8. Lembre que o teu conhecimento teológico deve servir para levar a salvação aos perdidos e a edificação aos salvos e não para constranger ou humilhar teus irmãos (Você estudou para ser um melhor servo, não para ser senhor da razão. Às vezes, mesmo estando certo, o melhor é ficar calado para em uma oportunidade mais edificante argumentar e até mesmo, abençoar os opositores);
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9. Pregue e ensine com fervor e autoridade suas certezas e convicções e jamais as suas dúvidas (quando prega ou ensina uma questão ou tema que não possui convicção ou opinião formada, apenas causa confusão em quem o ouve);
 .
10. Não use a Teologia como vaidade ou engrandecimento pessoal, use-a para edificação do Corpo de Cristo (lembre-se que deve servir e não ser servido).
 ..
Simples assim.
 .
O bom teólogo entende bem isso. O mau teólogo considerará estes mandamentos, um ultraje.
O que pensa disso?
 .
Deus o abençoe.
Prof. Magdiel Anselmo.


sábado, 14 de abril de 2018

Quem tem promessa de Deus, não morre sem recebê-las. Será mesmo?


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"E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa..."  
(Hb. 11:39).
"Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor" (1Pe 1:24)

Ao postar nas redes sociais, me surpreendi com o desconhecimento escriturístico de muitos cristãos acerca desta questão, e também com a agressividade de alguns que se julgam “profetas” e que certamente, devem “prometer” muito por aí e convencer muitos que as tais “profecias e revelações” (extra bíblicas), se tratam de “promessas de Deus” e respaldados por alguns “astros e estrelas gospel” que em suas letras reforçam a falta de entendimento e conhecimento bíblico, militam contra tudo e todos que vão contra a interpretação equivocada e nada bíblica acerca do tema.
Mas será que as tais promessas que ouvimos hoje são mesmo promessas feitas por Deus?
Desta forma, resolvi escrever sobre a questão e expô-la de uma forma bíblica e, portanto e obviamente, honesta e coerente com o que a Bíblia revela acerca disso.

A afirmação de que quem tem promessa não morre está correta?

A mesma idéia que invalida a morte por um período de tempo para aqueles que têm promessa, sem assim fosse também invalidaria a volta de Cristo por igual período. Se fosse desta maneira, muitos que esperam o cumprimento de alguma ‘promessa’ teriam a certeza de que não seriam surpreendidos pela volta de Cristo por um determinado período de tempo ( 1Ts 5:1 ).
A Bíblia contraria o argumento ora mencionado, uma vez que quem tem promessa de Deus também morre!
Ela demonstra que Abraão, Isaque e Jacó tinham uma promessa de Deus, porém, morreram sem alcançá-las: "Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra" ( Hb 11:13 ). O texto destaca que o mais importante não é 'receber' a promessa, antes permanecer na fé. Enquanto sobre a terra, permaneceram confessando que eram estrangeiros e peregrinos, de modo que viam-na de longe e, por crer abraçavam-nas.
Por que morreram sem alcançar a promessa? Porque Deus não invalida a palavra que diz: toda carne é como a erva, ou seja, não há homem neste mundo que não esteja sujeito a morte física.
O escritor aos Hebreus também demonstra que muitos tiveram uma vida vitoriosa. Ex: Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e alguns profetas são exemplos de fé, pois venceram as adversidades confiados em Deus e alcançaram livramento conforme as promessas de Deus ainda em vida ( Hb 11:32 -34).
Do mesmo modo, ou seja, pela fé, muitos outros experimentaram a morte, a tortura, o escárnio, os açoites, as prisões, o apedrejamento, foram serrados, mortos à espada, outros eram necessitados, aflitos, maltratados, etc., o que demonstra que, muitos, embora crendo, não alcançaram livramento das agruras deste mundo como muitos defensores do argumento que confronto, prometem em seus ensinos, pregações e “composições musicais”.
Dentre estes servos de Deus, muitos recusaram o livramento de Deus, segundo a sua promessa, visando alcançar superior ressurreição (Hb 11:35 b-38).
O escritor aos Hebreus apresenta aos seus leitores um contraste, pois pela fé muitos venceram reinos, fecharam a boca dos leões, apagaram o poder do fogo, e outros pela mesma fé somente receberam forças para suportar toda sorte de reveses na vida. Isto demonstra que Deus faz-se presente na vida de seus servos em todas as situações e circunstâncias.
O amor e a graça de Deus são concedidos por intermédio do Evangelho de igual modo para todos os que crêem, porém, o livramento de Deus diante das agruras desta vida não alcança a todos (para indignação de alguns). Embora muitos tenham recebido bom testemunho pela fé, não foram vitoriosos segundo a concepção humana.
A concepção de alguém vitorioso hoje é a de uma pessoa bem sucedida financeiramente, empreendedor, cheio de bens materiais, ou ainda, famoso, celebridade gospel, mas, não é assim a vitória que o crente conquistou em Cristo, visto que, muitos pela fé viveram maltratados, aflitos e necessitados. Isto demonstra que a promessa de Deus vai além de questões vinculadas a livramentos com relação às agruras deste mundo, "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos" ( 2Co 1:8 ).
Quem tem promessa de Deus morre, pois para Deus vivem todos! (Lc 20:38). A morte física não é empecilho para cumprimento de suas promessas e Abraão verá o cumprimento cabal das promessas de Deus. Do modo que se expressam erroneamente os que propagam que a morte põe termo às promessas de Deus, e NÃO é assim, pois Deus não é Deus de mortos.
Quem foi mais vitorioso: o evangelista João, que morreu velho e de morte natural ( Jo 21:22 ), ou Estevão, que foi apedrejado no início do seu ministério? ( At 7:55 -58). Quem teve maior fé, Moisés que rejeitou ser chamado filho da filha de Faraó ou Tiago, irmão de João, que foi morto ao fio da espada? ( At 12:2 ).
Pela fé ‘todos’ os personagens bíblicos citados anteriormente pelo escritor da carta aos Hebreus morreram sem alcançar as promessas "E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa..." ( Hb 11:39 ).
Há acepção de pessoas em Deus? Ele é injusto por dar livramento para alguns e outros não? A promessa de Deus não é para todos os homens?
A idéia de que quem tem promessa não morre surge de uma falta de compreensão sobre o que é a promessa de Deus e como alcançá-la. Para uma melhor compreensão é preciso entender estes dois versos: “Portanto não lanceis fora a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” ( Hb 10:35 -26).
‘Não lançar fora a confiança’ é o mesmo que ‘perseverar na fé’. Qual fé? Ora, a mesma fé que uma vez foi dada aos santos: a verdade do evangelho ( Jd 1:3 ). É necessário a todos que crêem na mensagem do Evangelho perseverar, pois esta é a obra perfeita que a fé produz no cristão: a perseverança ( Tg 1:4 ).
A fé sem perseverança é morta, pois esta é a obra perfeita que a fé produz no cristão!
Só alcança a promessa de Deus aqueles que fazem a Sua vontade! Qual é a vontade de Deus que o homem deve fazer (executar)? Sacrifícios, rezas, imprecações, orações, jejuns, etc.? Não! A vontade de Deus é esta: ‘Que creiais naquele que Ele enviou’ ( Jo 3:23 ).
Ora, somente alcança a promessa de Deus aqueles que crêem no nome do seu Filho Jesus Cristo. É pela fé que se alcança a promessa de Deus. Ou seja, ‘fazer a vontade de Deus’ é o mesmo que ‘crer em seu Filho’. Através da crença (fé) o homem torna-se participante de uma promessa, e só é possível alcançá-la perseverando na fé.
Há uma grande diferença entre a promessa de um homem e a promessa de Deus. Enquanto o homem é falho, Deus é todo poder para cumprir com a sua Palavra. Ora, desta forma temos que a promessa de Deus vincula-se a sua Palavra. A promessa de Deus é firme, pois Ele não pode mentir, jurou pela sua Palavra e o seu eterno poder constitui-se em garantia para aqueles que Nele esperam.
A Bíblia apresenta aos homens uma promessa de Deus que é antes dos tempos eternos "Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos" ( Tt 1:2 ).
Paulo demonstrou que a promessa de Deus é atemporal, visto que foi feita antes dos tempos que se medem de séculos em séculos, ou seja, na eternidade. No A. T. as promessas de Deus apontavam para o Messias, a esperança de vida eterna para a humanidade que jazia em trevas. Ele também demonstrou que todas as promessas de Deus cumprem-se em Cristo "Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós" ( 2Co 1:20 ).
Observe que todas quantas promessas que Deus fez cumpre-se em Cristo para a sua própria glória. Como é isto?
Ora, quando lemos acerca de Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, vemos que eles foram vencedores em inúmeras batalhas. Mas, qual o propósito de Deus em conceder-lhes vitória? Eles eram melhores que os demais homens? Tiveram uma fé superior? Não! Antes, as vitórias que conquistaram tinham como foco principal preservar a linhagem de Cristo.
Se considerarmos que Deus escolhe dentre os homens alguns para satisfazer os seus caprichos pessoais é porque nos esquecemos do propósito eterno de Deus, que é o de ‘convergir em Cristo todas às coisas’ ( Ef 1:10 ).
Ora, todas as promessas do Antigo Testamento visavam preservar a linhagem do Messias. Embora muitos não tenham visto o cumprimento desta promessa, morreram na fé. Estes que morreram na fé, em alguns momentos de sua vida terrena foram agraciados com livramentos pontuais, outros, porém, mesmo na fé, não tiveram igual livramento.
Portanto os cristãos não devem embaraçar-se com negócios desta vida, pois o que importa é a fé que opera pelo amor de Deus revelado em Cristo, pois em Cristo todas as promessas cumprem-se.
Observe o que disse o apóstolo João: "E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna" ( 1Jo 2:25 ). A promessa de Deus é específica: a vida eterna. Agregado a promessa de vida eterna àqueles que permanecem em Cristo, temos a promessa da presença de Cristo em todos os dias "Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" ( Mt 28:20 ).
A ordem para ensinar a guardar as coisas que Cristo mandou tem como foco a promessa de vida eterna. A promessa para guardar os mandamentos de Cristo promove a vida eterna, bem como nunca será abandonado àqueles que Nele confiam.
Cristo prometeu estar com os seus todos os dias até a consumação dos séculos e está é uma promessa válida a todos os cristãos, e mesmo assim Estevão morreu apedrejado. Ele estava só? Não!
Isto demonstra que a preocupação dos cristãos não deve se fixar em problemas, promessas pontuais ou com a morte, visto que: "Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor" ( Rm 14:8 ).
É de conhecimento que a promessa que Deus fez é a promessa de vida eterna. Ora, tal promessa é para que amemos a Sua vinda e não estejamos embaraçados com as coisas desta vida "Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" ( 2Tm 2:4 ).
Paulo recomenda que aqueles que usam deste mundo, que vivam como se dele não abusassem “E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa” ( 1Co 7:31 ).
Agora chegamos à questão principal: Sobre qual tipo de promessa escrevem os poetas gospels atuais ou os propagadores da prosperidade e profecias extra bíblicas? De onde surgiu à concepção de que não morre quem tem promessa? De onde pode surgir uma nova promessa?
Se for por meio de profecias temos uma ressalva do apóstolo Paulo que diz: "Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação" ( 1Co 14:3 ). A finalidade da profecia hoje não é estabelecer novas promessas, e sim exortação, consolação e edificação, pois já temos a promessa: a vida eterna!
Não é da vontade de Deus que o cristão se fixe nas coisas desta vida, e as Suas promessas não dizem de coisas passageiras, tais como: bens materiais, relacionamentos humanos, viagens, ministérios, dons, empregos, etc., antes é preciso viver hoje como se Cristo voltasse agora.
Há um grande misticismo no mundo! Os homens vivem em procura de prognósticos, adivinhações, oráculos, promessas, etc. Deus não contraria a Sua Palavra, concedendo uma promessa pontual para o amanhã, uma vez que o dia de amanhã não nos pertence "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" ( Mt 6:34 ); "Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece" ( Tg 4:14 ).
Deus não invalida a Sua Palavra através de uma promessa pontual. Como conciliar uma promessa tendo em vista questões deste mundo com o que diz a Sua Palavra: o homem viverá do suor do seu rosto ( Gn 3:19 ); tudo sucede igualmente a todos os homens ( Ec 9:2 ); o tempo e a sorte ocorrem a todos e o homem não sabe a sua hora ( Ec 9:11 -12); o homem não tem como descobrir o que há de ser ( Ec 7:14 ).
Alguém pode citar Simeão. Dele temos que era homem temente a Deus e que esperava a consolação de Israel ( Lc 2:25 ). Ora, foi lhe revelado pelo Espírito, que antes de morrer haveria de ver a Salvação de Israel. Temos uma revelação, da mesma forma que teve José e Maria.
Tal revelação de Deus a Simeão serviu de sinal e testemunho aos pais do menino Jesus e àqueles que estavam no templo ( Lc 2:33 ). De igual modo serviu de sinal ao povo o anunciado pela profetiza Ana. Ora, o anunciado pela profetiza Ana e a revelação que teve Simeão foram a respeito do Cristo, e não de questões particulares.
Perceba que a revelação de Simeão serviu de sinal e testemunho ao povo de que o menino é a consolação de Israel ( Lc 2:34 -35), porém, ele morreu e não viu o seu povo consolado, pois a promessa ainda se dará no futuro (é bom que se constate este fato).
A única profecia acerca da preservação de uma vida foi feita ao rei Ezequias: "Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos" ( Is 38:5 ), mas tal promessa era factível à época, pois não havia a promessa da iminente volta de Jesus.
O que muitos cristãos pensam em nossos dias também subiu ao coração de Ezequias: “Pois pensava: Haverá paz e segurança em meus dias” ( Is 39:8 ).
Além disso, não há promessas condicionais, visto que todas as promessas de Deus têm em Cristo o cumprimento (o sim) "Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós" ( 2Co 1:20 ).
Quando se estabelece alguma condição para receber algo, já não é promessa, e sim uma recompensa. Portanto, repito, não há promessas condicionais, pois se assim fosse estabeleceria uma dívida entre o Criador e a criatura ( Rm 4:4 ).
Todos os homens são falhos e nenhuma promessa de Deus esteve ou estará vinculada a fidelidade do homem. Abraão, um exemplo de fé, mesmo após receber o testemunho de que creu em Deus, cometeu várias falhas. Na tentativa de auxiliar Deus a cumprir a sua promessa apresentou o seu servo damasceno Eliéser ( Gn 15:3 -4), o seu filho Ismael ( Gn 17:18 ) e riu-se da promessa ( Gn 17:17 ).
Os cristãos são fiéis por estarem em Cristo, ou seja, ninguém é fiel a Cristo, antes, por estar em Cristo, na condição de nova criatura, é fiel EM Cristo ( Ef 1:1 ). Por andar na presença de Deus Abraão foi declarado perfeito (justificado) ( Gn 17:1 ). Como andar como Abraão? Por fé!
As promessas de Deus são incondicionais para que o homem possa descansar Nele, pois é Ele quem trabalha para os que nele esperam (crêem) ( Is 64:4 ).
Algumas pessoas consideram o capítulo 28 de Deuteronômio como promessas condicionais, porém, é uma expressão da lei. Por que expressão da lei? Porque só é possível servir a Deus (ou obedecê-lo, ou cumprir os Seus mandamentos) por meio da fé. Se fosse possível aos ouvintes da lei cumpri-la, não haveria necessidade da vinda do Messias, pois o mandamento de Deus só é possível cumprir por intermédio de Cristo.
As promessas de Deus são todas sustentadas pela sua fidelidade e Ele não fica a mercê das realizações pessoais de homem algum ( Hb 6:13 ; Am 6:8 ).
É factível que a promessa da vinda de Cristo seja protelada pela ‘promessa’ particular de que Deus dará um filho a alguém? A ‘promessa’ de uma vida farta neste mundo, ou como dizem, ‘Deus virará o seu cativeiro’, mudará os tempos que Deus estabeleceu por seu próprio poder?
O que Jesus realmente prometeu? “E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de Mim e do Evangelho, Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna” ( Mc 10:29 -30).
Enquanto Jesus disse que no mundo os seus seguidores teriam aflições, muitos cristãos se valem de pretensas promessas para reclamar de Deus como fez Baruque “Ai de mim! Acrescentou o Senhor tristeza à minha dor; estou cansado do meu gemido, e não acho descanso” ( Jr 45:3 ).
Porque fizeram algo, como fez Baruque ao ser escriba de Jeremias, pensam que Deus lhes deve alguma coisa. O descanso que procuram é concernente a esta vida, e desprezam o verdadeiro descanso do Senhor!
Para estes diz o Senhor: “Procuras grandezas? Não as busques. Pois eu trarei mal sobre toda a humanidade, diz o Senhor, mas a ti darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores” ( Jr 45:5 ).
Concluindo...
Poderia me aprofundar ainda mais, mas penso que até aqui já refuto o argumento de que “quem tem promessa de Deus não morre sem antes recebê-la”.
E sendo assim, desejo que o que escrevi lhe incentive a acreditar nas promessas de Deus reveladas em Sua Palavra segundo o que mencionei no artigo e o faça ter muito cuidado e precaução com os que propagam aos “quatro cantos” promessas, induzindo muitos a crer que são de Deus e que não morrerão sem recebê-las.
Espero ter ajudado na reflexão e entendimento desta questão.

Deus abençoe a todos.

Pr. Prof. Magdiel G Anselmo

Visão celular é a visão bíblica para a Igreja?

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Alguém me perguntou:
- O pastor acredita em igreja EM células?
respondi:
- Não, eu acredito em igreja COM células.
- Não entendi.
- Lhe explico: Entendo que uma igreja local deve atuar de várias formas, ou seja, com reuniões de adoração, pregação e ensino no templo (meio de semana e finais de semana), ter uma escola bíblica bem estruturada com professores capacitados e vocacionados para o ensino e também com pequenos grupos nos lares durante a semana. Estes grupos não devem apenas ser de comunhão, mas também de ensino bíblico.
Além disso, deve atuar na comunidade que está inserida com ajuda a pessoas e grupos carentes, evangelização, etc...
Assim estará cumprindo o Ide e sendo a "multiforme manifestação da graça de Deus" como ensina a Bíblia.
Este negócio de enfatizar uma forma em detrimento da outra não é uma interpretação e aplicação honestas das Escrituras. Todas as formas devem se complementarem e não serem excludentes.
Por fim, este irmão me perguntou:
- E como fica então a visão celular?
respondi:
- Não fica irmão pois o que deve permanecer é a visão bíblica. E não podemos confundir a metodologia de uma época que foi aplicada devido ao contexto ali vivido com a metodologia que o Espírito Santo orientou a Igreja na trajetória da História da Igreja Cristã até chegar em nossos dias com uma realidade e contextos muito diferentes.
Não sei se o mencionado irmão se agradou de minhas respostas, mas é a pura verdade bíblica.

Pr. Prof. Magdiel Anselmo.



Qual a razão do sofrimento de muitos?


Resultado de imagem para sofrimentoDeus sempre deseja nos abençoar. Isso é um fato!
Mas, por que então tantas pessoas que afirmam que são crentes sofrem e tem uma vida de derrotas, escassez e angústia.
Como responder a esses questionamentos? Onde encontraremos as respostas?


Será numa visão, num sonho? 
Será em nossa intuição? Será nosso destino viver assim?
Respondo a isso da seguinte forma:
Todas as respostas para nossos questionamentos, dúvidas, dilemas e conflitos estão já reveladas na Palavra de Deus. Está tudo lá, basta buscarmos essas respostas com responsabilidade e temor.
Dito isso, vamos buscar então na Palavra de Deus, na Bíblia Sagrada, as respostas para a questão que apresentamos: Porque tantos irmãos sofrem muito e além do necessário?
Estudemos o texto de Hebreus 12: 1-13.

Vers. 1, Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta,
Ver: 2-Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
Ver: 3-Considerai pois aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
Ver: 4-Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
Ver: 5-E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos; Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por ele fores repreendido;
Ver: 6-Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.
Ver: 7-Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
Ver: 8-Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
Ver: 9-Além do que tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
Ver: 10-Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
Ver: 11-E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
Ver: 12-Portanto tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados,
Ver: 13-E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado.

1). Porque estão embaraçados no e pelo Pecado (vs. 1).

Muitos estão sofrendo porque estão embaraçados nos pecados. Não desejam deixar os pecados (mesmo depois de convertidos). Para eles, é muito complicado mudar essa realidade. Faz-se necessária renúncia, transparência e se expor. E isso é quase impossível de se realizar.
O mundo está contaminado. O pecado é praticado, promovido e aceito. E temos que tomar cuidado para não pactuarmos com toda essa sujeira.
Por isso devemos buscar uma vida de santidade (vs. 14).
Algumas perguntas aqui são relevantes para uma auto-análise:

a)    O que mudou na sua vida depois que conheceu a Cristo?
b)    Mudou apenas a aparência (ter uma Bíblia, ir a igreja, cantar hinos...)?
c)    Seus hábitos mudaram?
d)    Seus pensamentos mudaram?

Temos que mudar nossos procedimentos, princípios e valores. Não somente a “casca”, mas também a essência, o conteúdo.
Deus não quer superfície. Ele exige profundidade!

Por exemplo:

  • Você deixou de ser egoísta (só pensa em si mesmo). (2 Tim. 3:2)
  • Você deixou de ser mentiroso. (Apoc. 21:8; Colos. 3:9)
  • Você deixou de ser arrogante, orgulhoso. (2 Tim. 3:2; Prov. 13:10; 16:18)
  • Você deixou de ser maledicente (fofoqueiro) (Colos. 3:8)
  • Você deixou de ser insubmisso e rebelde. (Rom. 13)
  • Você deixou de ser desonesto, injusto.
  • Você deixou de ser implacável com as pessoas (passou a perdoar?)

2) Porque pararam de olhar para Jesus (Vs. 2)

Pararam de olhar e de ouvi-lo. Não valorizam o Seu sacrifício na cruz (considerai (vs. 3).

3) Porque menosprezam, não entendem a correção de Deus (Vs. 4-11)

Na verdade, não aceitam!
Como Deus corrige?
  • Pela Palavra (não aceitam quando Deus fala, orienta...)
  • Através de pessoas (não aceitam conselhos. Não são ensináveis.)
  • Através de situações (Não entendem que muitas vezes o desemprego, enfermidades e coisas semelhantes são correções de Deus visando o quebrantamento, arrependimento e confissão de pecados. Entenda o açoite de Deus.)

O que fazer então?

a)  Não se guie pela sua consciência. Ela pode estar cauterizada pelo pecado. Guie-se pela Palavra de Deus.
b)    Não se guie pela aparente felicidade. Nem sempre o que traz felicidade é correto.
c)    Mude de atitudes com relação a Deus. Não seja somente um ouvinte, um observador. Passe a ser um praticante. Tenha compromisso com a Palavra de Deus.
d)    Mude de atitudes com relação ao pecado. Deixe-o já!

(...) fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado.


Deus nos abençoe,

Pr. Prof. Magdiel G Anselmo.



Pastores divorciados são pastores reprovados?


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Pela relevância do tema, preciso antes de analisá-lo, lembrar o contexto e a realidade de desconfiança e incredulidade que se encontra a Igreja Cristã em nossos dias.
Em primeiro lugar, hoje observamos que as pessoas, mesmos as cristãs, já não acreditam na eficácia e eficiência da Igreja como uma organização abençoadora e participante dos propósitos de Deus neste mundo. Antes, a consideram “falida” e ineficaz para propagar a Palavra de Deus e para cuidar de vidas. Basta uma rápida pesquisa nas redes sociais e veremos "cristãos" atacando a organização Igreja e questionando sua credibilidade e razão de existir. 
Por que isso ocorreu? O que levou as pessoas a pensarem desta forma?
Bem, são várias as respostas para estas questões, mas a que considero mais chocante é que a maioria dos cristãos perdeu a confiança em seus pastores e líderes, e não os consideram mais um “padrão” (exemplo) para os fiéis. Essa desconfiança fez com que não os respeitassem mais e não os considerassem como conselheiros e guias adequados para ajudá-los em seus dilemas e problemas diários. Muitos e já está se tornando maioria, preferem buscar ajuda em psicólogos, filósofos e "gurus" da internet do que se aconselhar com o seu pastores ou pastores de uma forma geral.
E como os pastores e líderes perderam a confiança do rebanho de Cristo?
A resposta é que simplesmente não fizeram, não praticaram em suas vidas, o que ensinavam e pregavam aos demais irmãos. Foram incoerentes e inconsequentes, e mais, foram infiéis ao que nos ensinam as Escrituras. Negaram com suas ações tudo aquilo que a vida inteira afirmaram ser a verdade bíblica, a verdade de Deus para a Igreja.
Uma destas incoerências se deu e se dá pelo crescente número de pastores e ministros evangélicos que se separam e se divorciam de suas esposas e se casam com outra.
O divórcio e o adultério invadiram a igreja, enquanto os cristãos e mais especificamente os cristãos que exercem o pastorado, demonstraram pouco ou nenhum interesse para com esta contaminação, mais e mais ministros entraram para o sistema mundano do “casa-separa-casa-separa”, criando uma atmosfera de epidemia na igreja. A racionalização reinou suprema em detrimento da Palavra de Deus.
Em segundo lugar, esta minha argumentação e exposição do tema não se referem ao perdão de Deus quando há arrependimento, ou seja, Deus perdoa sim o pastor que pecou, se arrependeu e abandonou o pecado. Todavia, o que trato aqui é que se mesmo perdoado, este cristão pode prosseguir exercendo o pastorado em toda sua amplitude ou se, biblicamente, já não cumpre os requisitos e exigências determinadas por Deus para este trabalho, ofício e vocação. Este é o cerne deste artigo e não o perdão de Deus, que sei, pode ocorrer com os arrependidos.
Com estes esclarecimentos iniciais, entramos propriamente no assunto e questão principal deste artigo, ou seja, podem, biblicamente, pastores e ministros divorciados prosseguirem pastoreando e liderando o povo de Deus após terem essas atitudes e postura?
Adiantando a respostam serei rápido e simples: NÃO !
E porque digo isso? Porque a Bíblia os considera repreensíveis para o ministério pastoral.
A seguir demonstro biblicamente, porque afirmo isso, enumerando algumas razões que impedem um pastor de continuar com seu ministério após se separar, se divorciar de sua esposa:

1ª RAZÃO: Porque Ele passa a NÃO ser um exemplo dos fiéis.
Em I Tim. 4:12, Paulo exorta ao pastor Timóteo para que seja “…o padrão (exemplo) dos fiéis…” O homem que está no segundo, ou até no terceiro casamento, não pode ser exemplo dos fiéis, por não ser esta a vontade de Deus para o seu povo: Ele odeia o divórcio (Mal. 2:16). Os jovens de tal igreja estariam automaticamente, levantando a possibilidade de os seus futuros casamentos, se não derem certo “como o do pastor”, o divórcio seria uma opção e ainda Deus os estaria ainda abençoando após algumas “tribulações…” Desastroso exemplo seria também para os que entrarão ou já estão no ministério pastoral. O Cristianismo verdadeiro não segue o lema de “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Paulo disse “sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (I Cor. 3:15). O ministério pastoral não é para qualquer um, mas para os que tem condições morais e bíblicas de ser exemplo (Heb. 13:7).

2ª RAZÃO: Porque ele NÃO é mais irrepreensível.
Em I Tim. 3:2 temos as qualificações para o pastor: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível…” A palavra traduzida por irrepreensível usada no texto acima é do grego “anepleptos”. Ela aparece três vezes no Novo Testamento, a saber: I Tim. 3:2, 5:7 e 6:14. O significado é sempre o de alguém de quem não se pode falar nada contra, sem mancha, sem culpa, inacusável. Independente de ser ou não o causador do divórcio (se é que existe tal condição), o homem que passou por esta experiência não se encaixa nas exigências bíblicas, e será usado pelo diabo para escandalizar e envergonhar o Evangelho. Existe “pastor” que se casou em rebeldia contra os conselhos dos pais, de amigos e até de seus pastores atraindo as maldições do Senhor. Tal flagrante violação da vontade de Deus, tornou tal crente o único responsável pela falência do seu próprio casamento, desqualificando-o de uma vez por todas, para o exercício do pastorado.

3ª RAZÃO: Ele Não é mais marido de UMA SÓ mulher.
“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher…” (I Tim. 3:2). A expressão “marido de uma mulher” significa muito mais do que o leitor superficial possa imaginar e não é como alguns afirmam equivocadamente “uma esposa de cada vez”. Ora, isso seria um convite e uma motivação para vários casamentos, e não penso que a Palavra de Deus concorda com esta teoria. O ensino é que a mulher com quem o bispo, pastor é casado é a sua primeira e única! Não tem vínculo algum com a condenação de relacionamentos simultâneos, o que seria adultério. Entretanto, existe uma linha de interpretação aqui defendida por muitos, que situa esta orientação baseado numa suposta condenação da poligamia. Penso que seria um absurdo tão redundante e flagrante o pecado da poligamia que Paulo não precisaria se referir a ela para uma pessoa especial como o "bispo". O que realmente está em jogo aqui é a conduta ilibada e irrepreensível do pastor no seu relacionamento singular com a sua primeira e única esposa. Em algumas versões bíblicas, o texto fica ainda mais claro e aparece assim: É preciso, porém, que o dirigente seja irrepreensível, esposo de uma única mulher… ou ainda, diz: É, porém, necessário que o inspetor seja irrepreensível, que não tenha sido casado senão uma vez…
Veja o verso afim em I Tim. 5:9. “…e só a que tenha sido mulher de um só marido.” É óbvio que a viúva a que Paulo se refere, só poderia receber auxílio da igreja se tivesse vivido com um só homem. Por estar ele morto não haveria outro. Esta é a mesma construção gramatical que se refere a situação do pastor, apenas invertendo-se os substantivos. A ênfase em I Tim. 3:1 sobre a vida conjugal do pastor é tão flagrante, que a mesma palavra que é usada para expressar a unicidade da mulher da sua vida, é usada também em todas as vezes no Novo Testamento para expressar que marido e mulher se tornam uma só carne. O homem que se divorcia e se casa com outra mulher não reverte o se tornar uma só carne com a primeira Portanto, ele não é mais marido de uma só mulher nem na singularidade nem na ordem numeral. Se voltasse para a primeira mulher cessaria o adultério, mas a desqualificação está selada para sempre.

4ª RAZÃO: Ele Não tem mais autoridade para orientar ou aconselhar.
Certo pastor, que estava no segundo casamento, teve a audácia de, ao pregar numa determinada igreja, mencionar a sua indignação ao se deparar com colegas que estavam no segundo casamento… Tal falta de honestidade e coerência nos faz lembrar a advertência do Mestre que disse “Ou como dirás ao teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu” (Mat. 7:5). O divorciado não pode pregar numa igreja como pastor, muito menos aconselhar os casais crentes sobre família, porque a sua não é mais exemplo. Se tentar aconselhar estará sendo hipócrita, se não aconselhar estará sendo omisso e com o ministério mutilado.
Como um pastor divorciado poderá aconselhar um casal que está com problemas no casamento? Com que autoridade ele dirá para lutarem pelo seu casamento, para se perdoarem e buscarem a reconciliação se ele mesmo não conseguiu fazer isso? Como esse pastor aconselhará um jovem casal prestes a se casar orientando-os que o casamento é um compromisso até a morte se ele mesmo não cumpriu isso?
Não tem jeito e muito menos justificativas, o Cristianismo não funciona segundo palavras vazias, mas com exemplo de vida. Mesmo que o homem não tenha se casado novamente, a situação de separação da primeira esposa já o desqualifica para o pastorado, pois não conseguiu, falhou, fracassou em “governar sua própria casa”.

5ª RAZÃO: Ele contradiz a própria Palavra que prega, por exercer, em rebeldia, uma posição para a qual Deus não o permite mais.
Quando o pastor sobe ao púlpito para pregar, ele não pode expressar as suas opiniões. Ele tem que entregar uma mensagem que não é a sua. Ele tem que pregar a Palavra de Deus em obediência a Cristo. Se o pregador está em rebeldia no seu viver, ele está desqualificado para pregar. Suas palavras são vazias e sem poder. Não importa o que a igreja pense, o tamanho da congregação, ou quantas conversões acontecem: o seu líder nessas condições está sem a bênção do Senhor, não importando os “sinais externos”: os resultados não autenticam a fonte (I Cor. 3:13-15).
A verdade é que ele seria um desastre espiritual a médio e longo prazo para a Igreja que o aceitar. Não se pode colocar o pecado em compartimentos ou escondê-lo "embaixo do tapete". Quando ele entra na igreja sob a forma de omissão e rebeldia contra a Palavra de Deus, qual fermento se espalha para vários outros setores. Com o pecado não se brinca. A tendência do homem é o pecado, principalmente na área de família e sexo. Na igreja isto também se verifica. Se a liderança não tem os padrões de Deus, a degeneração dos crentes é certa. Os líderes cristãos não podem ser egoístas, buscando seus interesses a curto prazo, nem status de liderança para encobrir pecados pessoais.
Se os padrões são decadentes, pode-se esperar que os crentes que se desenvolveram dentro do ambiente de tolerância com o pecado serão cada vez mais decadentes, frios e finalmente apóstatas. Veja as advertências do Senhor às 7 igrejas do Apocalipse. A igreja local também não deve aceitar um pastor divorciado. Eles estariam em rebeldia contra a Palavra de Deus, independente do número de votos que homologou a aceitação. Os crentes sérios que porventura pertençam a tal igreja deveriam imediatamente se retirar dela, recusando submeter-se a um líder desqualificado e não aprovado por Deus. O voto da maioria nesse caso não opera a vontade de Deus (Ex.23:2).
Há diversos casos de pastores que, apesar de terem o chamado de Deus para o ministério, tiveram a dignidade e a nobreza de abandoná-lo após se desqualificarem devido ao divórcio, separação ou conduta. Quando alguém insiste em permanecer no ministério nessas condições está desonrando a Deus e a esses homens dignos que entenderam que não era mais a vontade de Deus a sua liderança sobre o Seu povo. Quando alguém assim permanece no ministério, na verdade está se julgando muito importante e indispensável para o trabalho de Deus (Luc. 17:10).

6ª RAZÃO: Ele destruiu o modelo de compromisso indissolúvel entre Cristo e sua Igreja.
O relacionamento eterno entre Cristo e os salvos, é comparado com o do marido e esposa cujo compromisso não é para ser quebrado (Efésios 5:22-33). Cristo sempre teve a Sua Igreja no mundo, e em certos períodos, sobraram apenas poucos, que foram perseguidos, traídos, torturados, sepultados nas celas das masmorras, martirizados por sua fé, ou obrigados a fugir para a fortaleza das montanhas e para as covas e cavernas da Terra, mas continuaram guardando os mandamentos de Seu Pai.

7ª RAZÃO: Ele Não pode celebrar casamentos: “Até que a morte os separe” (Rom. 7:2-4, I Cor. 7:39)
Como pode um pastor proferir os votos conjugais para um casal de noivos, se ele mesmo não cumpriu na sua vida? Ou teremos que mudar os votos matrimoniais para: até que o divórcio os separe?

8ª RAZÃO: Ele está contribuindo para a degeneração dos padrões familiares.
Se pastores, tendo suas famílias dentro dos padrões bíblicos, já sofrem com a desintegração de várias famílias dos membros, imagine se do púlpito veem o péssimo exemplo do fracasso conjugal. Nesse caso os fundamentos da família estão abalados para as gerações seguintes (Sal. 11:3).
O divórcio é uma ameaça para a família cristã. As suas consequências são devastadoras para a família. Por esse motivo “… o Senhor Deus de Israel diz que aborrece o repúdio…” (Mal. 2:16). O homem que foi chamado para anunciar a Palavra de Deus como pastor não pode ser divorciado, muito menos casado pela segunda vez. Se alguém está nessa triste situação deve ter a humildade suficiente de abandonar o ministério urgentemente para não causar mais prejuízos ao testemunho do Evangelho e procurar exercer os seus dons fora da liderança da igreja, pois o seu chamado acabou tão logo tenha ocorrido a desqualificação.

Considerações Finais.
Para os crentes que desfrutam a bênção de ter o seu casamento dentro da vontade de Deus, fica o alerta para, humildemente, reconhecer a Graça do Senhor (I Cor. 10:12) e buscar em fervente oração, forças e discernimento para combater as armadilhas do maligno para a destruição da família.
O pecado sexual geralmente se faz acompanhar de outros. Ao se divorciar (cometendo adultério ou não), uma pessoa quebra pelo menos cinco princípios bíblicos: Coloca o desejo pessoal acima de Deus, rouba, cobiça, dá falso testemunho e quebra a aliança: “até que a morte os separe”, ou o “que Deus uniu, não separe o homem”.
Em razão da vergonha decorrente do pecado sexual, há a forte tendência de cometer pecados para encobri-lo. Se alguém tivesse dito ao rei Davi que embebedaria um homem e depois o mataria, ele não acreditaria. O pecado sexual, porém, o tornou mentiroso, ladrão e assassino.”
Penso sinceramente que pastores que se divorciaram não precisam e não devem estar pastoreando, eles precisam sim é de ajuda, pois estão fragilizados e necessitados de atenção e amor da irmandade. Mas, essa ajuda não pode ser exercida em sua integralidade se teimarem em prosseguir pastoreando. Precisam, reconhecer que fracassaram e que precisam continuar agora servindo a Deus de outra forma e em outras áreas. Essa é a verdade, uma triste verdade, mas a pura verdade.
Portanto e finalmente, afirmo sem medo de errar que um pastor que cai em adultério, ou que se divorcia por quaisquer razões, casando ou não novamente, pode e deve ser restaurado no Corpo de Cristo, o perdão de Deus também alcança pastores, mas para o ministério pastoral se tornou reprovado!

Pr. Prof. Magdiel Anselmo.