O que é o Gramscismo?
O Gramscismo prega a mudança da cultura na sociedade em direção ao Socialismo para mais tarde poder ser feita uma revolução comunista e através dela os esquerdistas assumirem o poder. Gramsci acreditava que o pensamento capitalista estava por demais solidificado na sociedade e esta precisaria ser mudada culturalmente antes de se poder fazer uma revolução. E que os métodos leninistas (radicais) não eram eficazes, sendo necessária outra estratégia para conquista e poder.
Quem foi Gamsci?
Antonio Gramsci nasceu na Itália, foi escritor, jornalista e político, iniciou a militância no âmbito socialista e posteriormente veio a ser um dos fundadores do Partido Comunista da Itália na década de 20 do século passado. dedicou-se à escrita, cujo tema favorito era teoria política, com o objetivo de, em seus ‘Cadernos’, desenvolver um laboratório de ideias por meio de uma revolução para alcançar a eficácia máxima da hegemonia cultural, abdicando da luta armada. Como ele sonhava atingir esta hegemonia cultural? Ocupando espaços. Para executar a revolução, é necessário que ela seja coordenada pelos chamados “intelectuais orgânicos” até a tomada do poder, através de agentes incrustados em muitos meios de comunicação (para moldar a opinião pública), em instituições de educação (escolas e universidades) e em partidos políticos.
O que deseja e como atua o Gramscismo?
Convém ao gramscismo fixar suas entranhas na superestrutura (composta por instituições e crenças, como família, Igreja, Estado, escola e partidos, por exemplo) para modificar o imaginário das “cobaias” (assim eram definidos os indivíduos por Gramsci) e a forma como pensam e interpretam a visão de mundo, interferindo diretamente em comportamentos e condutas no dia a dia. Com as instituições deterioradas, torna-se mais fácil manipular, distorcer e totalizar a ação política, social e intelectual na consciência e nas decisões da população, por meio do embrutecimento coletivo, além de, claro, apoderar-se também dos meios de produção.
As universidades são os locais perfeitos para estes experimentos de hegemonia cultural. Lá, muitos intelectuais orgânicos disfarçados de educadores, que controlam a condução da ‘cultura ideológica intelectual’, selecionam por conveniência livros, publicações e materiais didáticos adequados para os métodos ‘progressistas’ de ensino e aprendizagem na formação de ativistas. Não é a toa que um levantamento divulgado pela Universidade Católica de Brasília, por exemplo, revelou que mais de 50% dos universitários são analfabetos funcionais. É esta hegemonia cultural gramscista que fomenta militâncias político-ideológicas de esquerda na Academia. O verdadeiro conhecimento foi subjugado por massas de manobra e movimentos organizados relativistas (feminismo, diversidade sexual, pró-aborto, pró-maconha, etc) que até hoje não mostraram para que vieram, a não ser para atender a interesses politiqueiros e gritar arcaicas palavras de ordem contra a ilusória ‘elite opressora’ e o Cristianismo. Enquanto isso, silenciam por oportunismo quando ditaduras comunistas e islâmicas violam sistematicamente direitos humanos destas mesmas minorias que dizem representar no Brasil. Aos aliados, tudo; aos ‘inimigos’, a lei.
É impossível uma luta por ‘direitos’ quando há financiamento estatal ou partidário nesses movimentos. Direitos são isonômicos e universais e não inerentes a tão somente determinados segmentos sociais em busca de privilégios para difundir o ódio contra aqueles que não se enquadram nos parâmetros da agenda marxista. Isso faz parte da estratégia da uniformização discursiva na esfera pública.
Abaixo segue uma declaração de Antonio Gramsci para reflexão sobre como ele via a liberdade e a moral cristã, tão importantes para o fortalecimento da democracia:
“O mundo civilizado tem sido saturado com Cristianismo por 2000 anos, e um regime fundado em crenças e valores judaico-cristãos não pode ser derrubado até que as raízes sejam cortadas”.
SINAIS CLAROS DO GRAMSCISMO NO BRASIL
Alguns sinais e atuações são claros. Vejamos:
1. O conceito de sociedade nacional foi substituído pelo de ´sociedade civil`. A comunidade como conjunto das pessoas interdependentes, com sentimentos e interesses comuns, passa a ser o espaço das classes em oposição. Embora não seja aparente, é a cena da "luta de classes.”
2. A personalidade popular passa a ser protagonista da história nacional em substituição ao vulto histórico, apresentado como opressor, representante das classes dominantes e criação da ´história oficial`.
3. A história é ´revisada` (na interpretação marxista) que substitui a História Pátria ´oficial` (´invenção` do grupo dominante).
4. Moral laica e utilitária em substituição à moral cristã e à tradição ética ocidental.
5. Discriminação racial, dita como sutil e disfarçada e como realidade que desmente a crença ´burguesa ultrapassada` de tolerância e de sociedade multirracial e miscigenada. Este conceito recente é interessante porque se tornou senso comum apesar de todas as ostensivas evidências de que é falso; resultado da ´orquestração` (afirmação repetida).
6. O preconceito, como qualidade que estigmatiza as pessoas conservadoras ou discordantes de certas atitudes e comportamentos permissivos ou tolerantes.
7. Os direitos humanos como proteção ao criminoso comum (identificado como vítima da sociedade burguesa) e indiferente à vítima real (identificada geralmente como burguês privilegiado).
8. A opinião pública como critério de verdade maior que os valores morais tradicionais e a própria lógica, quando inconvenientes.
9. A ecologia como projeto superior ao desenvolvimento econômico (´especulação` capitalista burguesa) e social. A organização popular (aparelho privado não-estatal, ´eticamente` superior ao organismo estatal burguês.”
10, “Os principais meios de difusão dos conceitos do novo senso comum são os órgãos de comunicação social, a manifestação artística, em particular o teatro e a novela, a cátedra acadêmica e o magistério em geral. A eles se soma a atividade editorial, com menor alcance social.”
11. A união conjugal episódica ou temporária e de pessoas do mesmo sexo em substituição à família estável e célula básica (célula mater) da sociedade.
12. Ecletismo religioso em substituição ao compromisso e fidelidade aos princípios religiosos de opção.
Além disso, as chamadas "trincheiras burguesas", segundo Gramsci, devem ser alvo de infiltração:
- O Judiciário;
- O Congresso;
- O Executivo (Governo);
- Os Partidos Políticos Burgueses;
- As Forças Armadas;
- O Aparelho Policial;
- A Igreja católica;
- O Sistema Econômico Capitalista.
E a infiltração deve visar:
“A neutralização, se possível a eliminação destas ´trincheiras`, é predominantemente uma guerra psicológica (mas não só esta) visando a atingi-las e miná-las [...], por meio do:
- Enfraquecimento, pela desmoralização, desarticulação e perda de base social, política, legal e da opinião pública;
- Esvaziamento, pelo isolamento da sociedade, perda de prestígio social, perda de funções orgânicas, comprometimento ético (´denuncismo`), quebra de coesão interna, ´dissidência interna`;
- Constrangimento e inibição por meio do ´patrulhamento`, penetração ideológica, infiltração de intelectuais orgânicos.”
Será que há alguma semelhança com o que ocorreu com o Brasil à partir da tal redemocratização e Constituição de 1988?
Aprenda História e reflita, pense.